terça-feira, 29 de janeiro de 2008

UM INFERNO NO SERVIÇO PÚBLICO


Se
você é funcionário público, de qualquer
dos três poderes, de qualquer autarquia, fundação
ou de qualquer esfera da administração pública,
você conhece as dificuldades de exercer corretamente o seu
trabalho. Sempre encontramos: dificuldades gerenciais, dificuldades
salariais e dificuldades quanto às condições de
trabalho. Poucos se salvam dessa tríade perversa. Ainda
existe, em muitos setores, os chefes paraquedistas, que sendo alheios
ao serviço, sobrepõem-se a tudo e a todos munidos de
uma indicação de um político.





Porém
você ainda não chegou ao fundo do poço. Existem
ilhas de excelência no serviço público, mas
existe o seu reverso. O degrau mais baixo da escada. O último
deles. Esse é o caso dos funcionários públicos
que atuam na área de Saúde. Setor essencial, a vida é
um bem supremo, mais valioso que todos. Mas não queira
trabalhar com isso. Você encontrará aqui todas as
mazelas de todas as áreas do serviço público e
mais algumas. Todos os defeitos da politicagem e práticas do
pior tipo de patronato. Mão de obra precária,
interferência de ONGs e cooperativas. Terceirizações.
E tudo quanto é invenção do Diabo para roubar
aos trabalhadores salários, direitos e, até mesmo, a
dignidade e a auto-estima.]]

São trabalhadores menos remunerados, foram jogados no último degrau da escala do serviço público. E, assim sendo, é natural que o Brasil encontre um obstáculo considerável para encontrar o caminho de uma atenção pública de qualidade à população brasileira.

Uma verdadeira reforma no Sistema de Saúde não depende apenas de idéias que saem de cabeças de sanitaristas. Vem do equilíbrio entre a atenção ao cuidador e aos que recebem cuidados.

Idéias que ignoram isso, qualquer que seja a sua matriz, não podem ser consideradas benéficas e nem serão bem sucedidas.




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